Aos próximos chefes do poder executivo

10 08 2010

Neste mês de outubro ocorrerão as eleições para definir quem serão os próximos chefes do poder executivo e os representantes de municípios no Congresso Nacional e há algo importante que eles precisam saber. Vejo debates coreografados, frases feitas, lugares comuns, políticas populistas, “propostas de papel”, preocupação, aparente, com a saúde pública, segurança pública, educação de base, empregos, políticas habitacionais, melhorias no transporte público, enfim, toda aquela novela que estamos habituados em ano de eleição. Há milhares de assuntos que devem ser abordados ao longo desta reta final de campanha, mas quero falar em um deles, em especial, o transporte público. Vejo a Copa do Mundo chegando, as Olimpíadas e não há qualquer melhoria sensível nos transportes públicos, ao contrário, os investimentos têm sido empregados em ampliações de avenidas e ruas. As políticas de transporte público têm sido desvirtuadas em flagrante desperdício do erário público já que estão priorizando os transportes individuais, carros, em detrimento dos transportes de massa, metrô e Ônibus. Me parece um absurdo, com todo respeito aos profissionais da área, prestigiar a melhoria da vida dos motoqueiros construindo acessos próprios, alterando fluxos em ruas e avenidas para que sejam viabilizados corredores próprios para os “Motoboys” enquanto há milhares de trabalhadores que têm que acordar 4 horas antes de seu ingresso no trabalho para iniciar a jornada diária de sofrimento dentro dos transportes públicos. Ora, não me parece razoável o valor gasto nas obras das marginais enquanto as pessoas ficam horas dentro de transportes públicos sucateados, com a insegurança notória, enquanto tentam chegar aos seus locais de trabalho. Todos os dias aqueles que dependem de metrô e ônibus presenciam e vivem inúmeras situações que extremamente vexatórias, constrangedoras, perigosas, alarmantes… Não é razoável alguém demorar cerca de 40 minutos em uma plataforma de metrô para conseguir entrar em um dos vagões nos quais permanecerá por mais alguns quartos de hora em meio à multidão, onde não há nem mesmo ar para ser aspirado. É uma grande tolice construir novas linhas de metrô sem qualquer planejamento estratégico para tanto e digo isso por uma simples razão: Você que está acostumado (a) utilizar metrô acha que a nova linha amarela do metrô, que integrará as linhas “verde”, “azul” e “vermelha” do metrô acha que o fluxo de pessoas diminuirá ou a situação se tornará ainda mais insustentável? E olha, não é por falta de verba porque cada uma de nós paga cerca de R$ 2,30 em média por cada viagem devido ao sistema da integração. Portanto, senhores candidatos, sem falar em “ficha limpa”, nem tampouco em todos os outros assuntos que gravitam o tema “transporte público” e sem nem mesmo tocar nos demais temas que nortearão o caminho da eleição, fica aqui o meu questionamento a respeito do tema. Tenho a certeza que a insatisfação é total e tenho ainda mais certeza de que algo deverá ser feito, não por nós brasileiros, mas por todos aqueles que nos visitarão nos próximos eventos esportivos que nós sediaremos….


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